Por que ensinar autoestima para crianças é tão importante

A autoestima para crianças é extremamente essencial em todas as fases da vida. Ela vai ditar como o seu filho vai se comportar, entender o que sente e até como vai lidar com as decepções. Entenda aqui a real importância e ainda 10 passos para ter um filho com autoestima na medida certa.

Por que autoestima é importante?

Resumidamente, a autoestima é a construção de pensamento que o indivíduo tem sobre ele mesmo.

Ela é uma composição importante na formação de cada um. Sendo uma grande responsável pela qualidade das nossas escolhas durante toda a vida.

Isso acontece porque ela está relacionada a nossa consciência sobre valor, ideia e o respeito que temos sobre nós mesmos como pessoas.

Veja por que ela é importante:

Ela nos faz acreditar que temos capacidade

O nosso sucesso ou insucesso está diretamente ligado a ela. Isso acontece porque quando a autoestima está em dia, temos mais autoconfiança. Além disso, temos menos medo de correr atrás do que almejamos, pois, nos sentimos capazes de executar o que objetivamos.

Quem possui problemas de baixa autoestima, acaba tendo dúvida sobre seu potencial, então não assume riscos com medo de falhar. Por isso, que ela é bem comum em autossabotadores.

Vemos a vida com mais leveza

A autoestima possibilita que um indivíduo confie que a vida está como deve estar, ou seja, no rumo certo, então acreditam que coisas boas vão acontecer. No entanto, também tem disposição para mudar o seu estado ruim, se for o caso.

Por conta disso, a vida costuma ser mais leve, pois deixa os problemas mais fáceis de encarar, além de ter uma perspectiva diferente.

Positividade

Para pessoas com autoestima a vida é vista de uma forma mais positiva. Para elas tudo é vantajoso, se o resultado não for o esperado, serviu como aprendizado.

Ela aceita críticas com mais facilidade, se valoriza em todas as áreas e ainda consegue ser mais otimista nos momentos ruins.

Mais sociável

Ela é o ponto-chave na capacidade de ser influenciado e influenciar no meio social, mas, além disso, é a fonte do nosso poder.

Ela determinará como alguém julga que merece ser tratado, como vai agir e como usar as emoções. Pessoas com autoestima falam o que querem, porém, de forma mais assertiva, assumem responsabilidades e não culpa terceiros pelos seus erros.

Falta vergonha na hora de se socializar com novas pessoas, mas também não aceita amizades tóxicas ou abusivas porque tem consciência do seu valor.

Essencial para o equilíbrio emocional

Gostar de si próprio é um dos elos principais para uma mente saudável. Pois, dá satisfação interior, não faz se sentir inadequada, inferior ou insatisfeita consigo mesma.

Os problemas da baixa autoestima

Ter autoestima ajuda em todos os aspectos da vida, mas não tê-la pode gerar diversos problemas na infância, adolescência e vida adulta. Dentre eles estão:

Dificuldade de se relacionar

Principalmente para adolescência, quando não se dá o correto valor, dificilmente vai se sentir confortável para manter relações saudáveis.

Baixo rendimento escolar

Acreditar que não tem capacidade para aprender, pode acabar se tornando um obstáculo para se dedicar aos estudos. 

Baixa motivação

Pessoas com baixa autoestima são mais apáticos e sem interesse. Isso acontece porque acreditam que não vão corresponder a expectativa criada.

Transtornos alimentares

Como sempre buscam aprovação e sempre agradar os outros, podem desenvolver transtornos alimentares buscando a imagem ideal. Causando transtornos como a anorexia e bulimia.

A baixa autoestima pode levar a depressão

Ela pode estar ligada a depressão porque costuma deixar a pessoa para baixo, se sentindo insuficiente, diminuída e sem confiança. Como pensa que não consegue alcançar objetivos, passa a não tentar mais, se sentindo incapaz.

Ansiedade

Ela pode causar ansiedade, porque desencadeia medo e insegurança em relação ao futuro. Por isso, a pessoa com baixa autoestima vai estar sempre preocupada com coisas que podem nunca acontecer.

Como ensinar autoestima para as crianças em 11 passos

Quando começa o desenvolvimento da autoestima?

A autoestima começa a ser desenvolvida desde o nascimento da criança. Por isso, é importante trabalhar desde o início da vida.

1. Demonstre amor incondicional

É muito importante pegar no colo, abraçar, beijar e dar muito carinho e amor. Com um ano de idade, ele começa a se desvencilhar da ideia de ser uma extensão da mãe e se reconhece como outro.

Apesar de dar toda essa atenção, é importante não superproteger o filho, incentivando-o sempre a independência, para criar a autoestima.

Quando a criança percebe que seus pais a amam incondicionalmente, elas se aceitam como são, independentemente das suas habilidades, dificuldades, temperamento e qualidades.

2. Entenda que crianças precisam de atenção

Para entender que elas possuem muito valor para você, é importante dar atenção. No entanto, é uma questão de qualidade e não de quantidade. Converse, pergunte sobre o seu dia, sua vida, seus amiguinhos, etc.

Além de responder todas as perguntas dela, mesmo que sejam repetitivas.

3. Incentive-a a experimentar coisas novas

É importante que a criança tenha experiências novas constantemente. Coisas simples, como provar uma nova comida, praticar um novo esporte ou a fazer novas amizades. Evite atividades que promovam competitividade e dê preferência às que promovem a cooperação.

4. Deixe que cometa erros

Como existe possibilidade de fracasso, fique ao seu lado e explique que faz parte da vida como aprendizado, além de afirmar que na próxima à criança fará melhor.

As lições valiosas a aprender com o fracasso são as de que ele ajuda a melhorar e enfrentar os desafios, mas também a pensar.

5. Elogie as conquistas

Todas as pessoas reagem bem a estímulos positivos. Por isso, reconheça o que ela faz de bom, todos os dias. É ideal que seja específica, para que ela entenda exatamente no que fez sucesso.

6. Deixe-a confortável sobre suas emoções

É importante que ela entenda o que acontece para lidar com as emoções e se sentir bem. Aceite o que ela sente sem julgamentos e valorize o que ela tem a dizer.

7. Não a compare com outras pessoas

Os filhos enfrentam diversas coisas no âmbito social, como a competição, inveja e vergonha. Por isso, até as comparações positivas podem ser prejudiciais, pois a criança pode se sentir pressionada. Deixe claro que a ama do jeito que ele é, para que perceba seu valor.

8. Oriente sobre respeito

A solidariedade é estimulada enquanto a criança aprende a se valorizar com o respeito e compaixão por pessoas e coisas. Então, ela deve ser orientada durante toda a infância e adolescência sobre respeitar os outros.

9. Oriente sobre crenças erradas

É necessário perceber se seu filho possui crenças irreais sobre ele. Coisas como achar que não tem boa aparência, que não é capaz ou não tem inteligência.

Reforce a perseverança e ajude-o a encarar as frustrações. Tente fazer com que ele seja mais realista e estabeleça critérios reais.

10. Ensine limites

É necessário criar regras consistentes e razoáveis, com consequências para o descumprimento delas. Com regras as crianças se sentem mais seguras, vivem de acordo com as expectativas, cientes do que podem e não podem fazer.

As regras precisam ser coerentes e ter finalidade.

11. Evite críticas excessivas ou desconstrutivas

Parece um pouco óbvio, já que é importante elogiar. Porém, é necessário salientar que a criança acredita muito no que você diz, então se você diz que ela é boba, que não é inteligente ou qualquer outra coisa negativa, ela realmente vai se sentir assim.

Com isso, pode afetar toda sua vida, já que cresce acreditando nisso.

Com a autoestima bem trabalhada, seu filho vai estar bem mais preparado para o mundo, sabendo qual o seu lugar e o que merece, mas também sem risco de desequilíbrios psicológicos. 

Lembre-se: estaremos sempre aqui cuidando da sua família! Fale com a gente.