Por que algumas pessoas são insensíveis ao sofrimento alheio? Descubra

Você já passou, em algum momento, por situação de sofrimento e viu que algum amigo ou pessoa mais próxima não se sensibilizou com a sua dor? Todos sofremos uma hora na vida, seja pela dor da perda de alguém, um coração partido, medos, dificuldades da vida, pela falta de oportunidade de alguém, laços rompidos, etc. Uma hora ou outra, todos passaremos por momentos ruins e, por isso, sabemos o que é sofrer. Mas por que algumas pessoas não se comovem com a dor do outro? Descubra

Empatia

A consciência que temos a respeito do sofrimento e do que causa dor, faz com que possamos sentir e se compadecer com a dor do outro, mesmo que ela não afete em nada nossas vidas.

Quando assistimos notícias sobre tragédias, sofrimento de outras pessoas, mesmo que não a conheçamos também podemos sofrer. 

Mas por que isso nos afeta se não passamos por situações parecidas 

O que nos faz ter essa comoção com o sofrimento alheio, se chama empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro. É a tentativa de se imaginar na mesma situação dolorosa, mesmo que não tenha passado por nada parecido. 

No entanto, você pode pensar “por que fazer isso?” se só vai nos trazer sofrimento? 

A empatia funciona como algo automático, por isso que choramos quando vemos filmes tristes ou situações difíceis que outras pessoas estão passando. 

Quando nos colocamos no lugar do outro, conseguimos sentir, claro que numa escala menor, o que o outro sente. 

Todas os animais, que vivem em grupos, possuem a capacidade de se comover com a dor do outro semelhante. A solidariedade está em nosso material genético, pois se trata de uma garantia da sobrevivência da espécie. 

Mas por que ela não acontece com todas as pessoas? Por que algumas pessoas se fecham emocionalmente para o que está acontecendo ao redor? 

Algumas pessoas não têm empatia 

Enquanto muitas pessoas se sensibilizam com o sofrimento alheio, outras acabam não tendo essa mesma atitude. Mas então, por que isso acontece?   

Existem diversas explicações para a falta de empatia. Veja algumas: 

Imagine que você se acostuma com as situações. Um exemplo: você mora em uma avenida movimentada e passa o dia todo ouvindo o barulho dos carros, que incomodam bastante. Porém, depois de um tempo esse barulho não será mais um incômodo tão grande como o que você sentia antes e, um tempo depois, quando não ouvir mais esses ruídos pode achar até estranho, em outras palavras, se tornou insensível aos ruídos. 

Com o emocional pode acontecer algo parecido, porém diferente

Quando uma pessoa já sofreu muito, normalmente é mais empático e assim mais sensível a dor das outras pessoas. 

No entanto, quando essa dor extrapola alguns limites ou se acontece num contexto muito vulnerável, acontece justamente o contrário, deixando a pessoa mais insensível. 

O mais perturbador é que também pode acontecer o contrário. Então, alguém que nunca passou por nenhum sofrimento ou sofreu muito pouco pode se tornar insensível. Desta forma, não dando nenhum valor emocional ou significado ao sofrimento alheio. 

Assim, não desenvolveu a capacidade de empatia, sendo um tipo de ignorância afetiva, que o impossibilita de se comover com o sentimento do outro, seja alegria ou sofrimento. 

É possível ser sensível e insensível simultaneamente? 

Pode acontecer de uma pessoa ser sensível, porém ter momentos de insensibilidade. Isso acontece principalmente se a pessoa passa por um período de sofrimento. Assim, acaba não tendo energia emocional suficiente para sentir empatia pelos problemas dos outros. 

Pessoas desenvolvem a insensibilidade 

Mesmo sem se dar conta, a pessoa pode desenvolver mecanismos, modos e estratégias de se tornar insensível. Isso acontece no caso de vício em drogas psicoativas, por exemplo. 

Erguer e nutrir uma personalidade extremamente rígida também é uma estratégia de desenvolver a insensibilidade. 

Características de pessoas empáticas 

Existem alguns traços que são bastante comuns em pessoas empáticas: 

  • Sentir emoções e tomá-las para si, o que acaba sendo um grande fardo. Sentindo coisas vindas de pessoas próximas ou até pessoas mais distantes. 
  • Os empáticos têm mais possibilidade de perceber quando alguém não está sendo honesto. 
  • Sempre vê o lado dos oprimidos, ou seja, sempre que vê alguém que seja vítima de injustiça, sofrimento ou dor, dando sua atenção e compaixão a quem necessita.  

O lado ruim da empatia 

Ser empático é uma característica muito nobre e evoluída dos seres humanos, principalmente nos tempos em que vivemos. Conseguir se comover com a dor do próximo e se disponibilizar a ajudar é uma coisa boa e bem vista pela sociedade. Afinal, são pessoas que se doam nem que seja para ouvir o que o outro tem a dizer. 

Quando se é empático é necessário ser forte o suficiente para entender que nem todas as pessoas têm a mesma sensibilidade de se colocar no lugar dos outros. 

Não podemos esperar nada em troca, porque se começarmos a esperar, não será empatia. 

Nós sentimos dores, sofremos, temos apego, então, quando as pessoas com quem fomos empáticos não tem a mesma atitude que nós, acabamos nos magoando de alguma forma. 

Embora se sensibilizar com o sofrimento do seu semelhante não seja algo ruim, quando há empatia em excesso também pode acabar fazendo um pouco mal. 

Isso acontece, principalmente quando não podemos controlar ou mudar isso, causando estresse e revolta por nossa parte. 

Isso pode acabar afetando nosso emocional, caso comecemos a esperar e a tentar cobrar a mesma coisa das pessoas. 

Não devemos parar de ser empáticos 

Não devemos parar de ter empatia, mas precisamos compreender que a humanidade está passando por uma transição. É possível ver isso nas notícias do dia a dia, com a onda crescente de ódio, intolerância e extremismo. 

Ser empático não é bom nem ruim, mas estágios da evolução humana. Algumas pessoas têm, outras não e mesmo os não empáticos servem de base para a construção do futuro. 

É necessário ser paciente, compreensivo e forte para esperar que todos percebam o quanto é bom entender outras vidas, outras situações e colocar-se no lugar de outro. É libertador. 

Agora que você já sabe o que faz com que as pessoas se sensibilizem com a dor do próximo, vale muito a pena pensar em evoluir sempre como humano e se tornar uma pessoa cada vez melhor. Veja também nosso post sobre 10 TIPOS DE PESSOAS QUE AFETAM A SUA SAÚDE EMOCIONAL